Este blogger tem como objectivo,publicar notícias, fazer comentários, dar opiniões e tratar de outros assuntos atuais que despertam a curiosidade e interesse de todos.
quarta-feira, 28 de maio de 2014
Nepotismo na política
Nepotismo
como sabemos é praticado por políticos que dão emprego público aos
parentes. É a retribuição de cargos de confiança a esposa, filhos,
primos, etc.
No
mundo em que vivemos, principalmente no nosso país a política tem sido o
centro de todas as atenções, sobretudo nos meios de comunicação social.
Nepotismo
é praticado diariamente pelos políticos, principalmente nas Câmaras
Municipais onde o cargo mais alto é atribuído aos filhos, irmãos, primos
sobrinhos do presidente. Por estes e outros motivos, que não se notam
um desenvolvimento em muitos concelhos. Toda a ajuda dada pelo Governo
ou pelos países ” amigos de Cabo Verde”, vão directamente para os seus
bolsos.
No
nosso país há muitos jovens com formação superior, que tem a capacidade
de exercer cargos altos nas instituições. Eu acho que os membros do
Governo devem dar mais crédito de confiança a esses jovens.
segunda-feira, 26 de maio de 2014
Breve história sobre funaná
As palavras mais antigas para designar o funaná eram “fuc-fuc” e “badju l´gaita” Funa tocava gaita (acordeão), e Naná sua esposa, tocava ferrinho (barra metálica, originalmente a lamina de uma enxada, com que se marca o ritmo ao ser friccionada com uma faca ou outro objecto metálico).
A fusão desses dois nomes (Funa + Naná) deu o nome ao estilo musical que hoje é conhecido por Funaná.
Inicialmente
era um género exclusivo de Santiago. Durante muito tempo o funaná foi
relegado para um contexto rural e/ou para as camadas mais desfavorecidas
da população. Chegou mesmo a ser proibida a sua interpretação na
capital, onde era a morna que gozava de prestígio e de um carácter nobre.
Durante
a década de 1970, e sobretudo depois da independência, houve tentativas
de fazer ressurgir certos géneros musicais, entre os quais o funaná. A
ideologia socialista da pós-independência, com a luta contra a
desigualdade entre as classes sociais constituiu terreno fértil para o
(re) surgimento do funaná, que até então era considerado música das
camadas mais desfavorecidas. Essas tentativas não foram muito
bem-sucedidas sobretudo porque «o funaná não conseguiu desgarrar-se da coladeira»
Em 1980, o funaná ressurgiu com o conjunto Bulimundo e o seu mentor Carlos Alberto Martins (mais conhecido por Catchás). Este “bebeu” directamente à fonte (o interior da ilha de Santiago). Catchás aproveitou os seus conhecimentos de jazz e música clássica para inventar um novo estilo de tocar o funaná, apoiando-se em instrumentos eléctricos, que viria a influenciar quase todos os artistas em diante. Graças ao sucesso do conjunto Bulimundo, o funaná foi exportado para todas as ilhas em Cabo Verde. Hoje, o funaná já não é visto como um género exclusivo de Santiago, sendo composto, interpretado e apreciado por pessoas de todas as ilhas.
Os anos 80 foram anos da divulgação do funaná em Cabo Verde, os de 90 foram da internacionalização.
O conjunto Finaçon, nascido de uma cisão do conjunto Bulimundo, foi um dos responsáveis pela divulgação internacional deste género musical, graças a um contrato com uma prestigiada firma distribuidora estrangeira.Não só o funaná passa a ser conhecido internacionalmente, como é também interpretado por conjuntos musicais no estrangeiro, cabo-verdianos ou não.
A nível de técnicas musicais não se registam grandes inovações ao «estilo Catchás», talvez apenas no que diz respeito à orquestração (exploram-se as possibilidades dos instrumentos electrónicos). Verifica-se também, nesta altura, a excessiva comercialização e banalização do funaná. Durante um ano, houve a tentativa de divulgar o funaná em França. Essa tentativa não teve sucesso porque tentou-se vender o funaná como «música de moda para dançar no Verão» (logo a seguir à lambada), e não explorar as particularidades etno-musicais do funaná.
A partir dos fins dos anos 90
houve um retorno às raízes, onde os conjuntos preferem interpretações
com gaitas e ferrinhos autênticos (ocasionalmente adiciona-se um baixo,
uma bateria e uma guitarra). Um dos principais conjuntos dessa nova vaga
é o conjunto Ferro Gaita. Assim reza a história a propósito da origem do Funaná.
Homens tocando ferro e gaita |
Como género
Como género musical, o funaná caracteriza-se por ter um andamento variável, de vivace a andante, e um compasso binário. O funaná está intimamente associado ao acordeão, mais precisamente ao acordeão diatónico, conhecido em Cabo Verde por gaita. Este facto vai influenciar uma série de aspectos musicais que caracterizam o funaná, como por exemplo, o facto de, na sua forma mais tradicional, usar apenas escalas diatónicas e não cromáticas.
Como género musical, o funaná caracteriza-se por ter um andamento variável, de vivace a andante, e um compasso binário. O funaná está intimamente associado ao acordeão, mais precisamente ao acordeão diatónico, conhecido em Cabo Verde por gaita. Este facto vai influenciar uma série de aspectos musicais que caracterizam o funaná, como por exemplo, o facto de, na sua forma mais tradicional, usar apenas escalas diatónicas e não cromáticas.
Como género musical, o funaná caracteriza-se por ter um andamento variável, de vivace a andante, e um compasso binário. O funaná está intimamente associado ao acordeão mais precisamente ao acordeão diatónico, conhecido em Cabo Verde por gaita.
Como dança
Dança do funaná |
A dança do funaná é menos sensual para apreciar mas é mais erótica e é mais acelerada. Nesta dança os pares agarram-se com uma mão à cintura e a outra, à mão do paceiro e começam a movimentar o corpo e os pés. Assim, os pares roçam-se e esfregam-se num ritmo frenético ao ponto de no final de uma música estarem todos transpirando de suor. Os pares podem ser também duas mulheres ou um homem e uma mulher. No modo de dançar mais rural, os corpos estão ligeiramente inclinados para frente (havendo contacto nos ombros), e os pés levantam-se do chão. No modo de dançar mais urbano, mais estilizado, os corpos estão na vertical (havendo contacto na zona peitoral), e os pés arrastam-se pelo chão.
Com o surgimento do funaná electrónico os bailarinos dançam ora aos pares ora isolados impondo novas técnicas e novas coreografias resultado de influência de outras danças, como a das bailarinas de continente africana, americana e europeu.
Características
A estrutura da composição do funaná não é muito diferente da estrutura de outros géneros musicais em Cabo Verde, ou seja, basicamente, a música estrutura-se num conjunto de estrofes principais que se alternam com um refrão. Só que, intercalando as estrofes e os refrãos existe um solo executado na gaita.
O acompanhamento é executado com a mão esquerda na gaita, fornecendo os baixos e os acordes. O modelo rítmico é executado no ferrinho.
A linha melódica do funaná varia muito ao longo da composição, com muitas séries de notas ascendentes e descendentes. Os cantores de funaná ocasionalmente utilizam a técnica do sforzando em determinadas notas, sobretudo quando elas se prolongam mais (imitação do acordeão).
As
letras do funaná geralmente abordam situações do quotidiano, fazendo
menções às amarguras e felicidades do dia-a-dia, mas também críticas
sociais, reflexões sobre a vida e situações idílicas. Compositores mais
recentes, no entanto, têm alargado o leque de temas. Uma característica
das letras do funaná tradicional é que a poesia não é feita de um modo
directo, mas usa frequentemente figuras de estilo, provérbios e ditados
populares.
Exemplo: excerto da letra da música «Tunuca» de Orlando Pantera.
Letra em crioulo:
|
Tradução literal para Português:
|
Significado real:
|
Tunúca,
Crê-’u, câ pecádu, Dâ-’u, câ tâ fládu, Mâ, sô bú dâ-m’ quí tenê-m’ | Tunuca, Querer-te não é pecado, Dar-te, não se diz, Mas, só tu dares-me que me retém | Tunuca, Não há mal em amar-te, Não sei até onde estás disposta a ir, Mas vivo ansioso com o que tu podes dar-me |
Tudo
isso exige um bom conhecimento da linguagem e cultura populares, e é
por isso que composições mais recentes, de autores mais
jovens ou de aqueles que tem pouco contacto com a cultura
popular nem sempre utilizam as técnicas de poesia referidas
anteriormente.
quarta-feira, 14 de maio de 2014
Campanha Internacional para libertar Nigerianas usou fotos de raparigas Guineenses
A
autora das fotografias usadas pela campanha mundial a exigir a
libertação das nigerianas, raptadas em abril por islamitas, disse apoiar
totalmente a iniciativa, mas reconheceu que usar imagens falsas, de
crianças da Guiné-Bissau, pode desvalorizar a ação.
Pelo menos uma das
fotos usadas pela campanha "Bring Back Our Girls" não é de uma rapariga
nigeriana, mas de uma adolescente de 13 anos da Guiné-Bissau fotografada
por Ami Vitale, em 2011.
"Apoio totalmente as
raparigas e a campanha, mas usar imagens de pessoas que nada tem a ver
com o caso, e portanto dar uma imagem falsa, não ajuda as raparigas
raptadas na Nigéria, nem as raparigas da Guiné-Bissau", disse à agência
Lusa, por email, a fotógrafa Ami Vitale, autora das fotografias
inicialmente usadas na campanha.
Quando detectou o uso
indevido das imagens, Ami Vitale contactou as pessoas que divulgaram
inicialmente a "Bring Back Our Girls" para impedir a difusão.
Em Abril, o grupo
fundamentalista islâmico raptou 276 raparigas, cristãs e muçulmanas, de
uma escola em Chibok, no norte da Nigéria. Até agora, 223 jovens
continuam desaparecidas.
"Estas fotos nada têm a
ver com as raparigas que foram raptadas. Estas raparigas [nas imagens
usadas] são da Guiné-Bissau, e a história que retratei é sobre algo
completamente diferente. Elas nada têm a ver com estes raptos terríveis.
Consegue imaginar a imagem de uma filha usada em todo o mundo como o
rosto de tráfico sexual?", disse Ami Vitale, na semana passada, num
blogue do jornal norte-americano New York Times (NYT).
"Isto é informação
errada (...) conheço estas raparigas, as famílias, que ficariam muito
chocadas por verem as imagens das filhas, espalhadas por todo o mundo
como o rosto de uma situação horrível", acrescentou.
As raparigas das fotos usadas "não são vítimas", afirmou.
"Usar estas imagens
como se fossem vítimas não é verdade. A história que fiz era uma
história de esperança", de acordo com as declarações ao blogue "Lens" do
NYT.
A campanha mundial,
iniciada na Nigéria através da rede social de mensagens instantâneas
'Twitter', 'Bring Back Our Girls', pretende chamar a atenção para a
situação no país e salvar as raparigas sequestradas.
Ativo há cinco anos, o Boko Haram foi responsabilizado por mais de 1.500 mortos, só este ano, de acordo com as autoridades nigerianas.
Ativo há cinco anos, o Boko Haram foi responsabilizado por mais de 1.500 mortos, só este ano, de acordo com as autoridades nigerianas.
A fotógrafa
norte-americana Ami Vitale trabalha com a revista National Geographic e o
seu trabalho já foi publicado em muitas outras publicações, como
Adventure, Geo, Newsweek, Time, Smithsonian. Vitale conquistou vários
prémios de diferentes organizações, como a World Press Photos, Lowell
Thomas, Lucie, Daniel Pearl e o prémio Magazine Photographer of the
Year, entre outros.
Recentemente, Ami
Vitale tem colaborado com a organização Ripple Effect Images, que
procura ilustrar os problemas específicos das mulheres nos países em
desenvolvimento e os programas que as podem ajudar.
Fonte: Lusa
segunda-feira, 12 de maio de 2014
Universidade Jean Piaget realiza o 1º fórum Cabo-Verde e a inclusão: Desafios para o Novo Milénio
No passado dia 5 de Maio,
segunda-feira deu-se o arranque do primeiro fórum sobre a inclusão e desafios
para o novo milénio, na universidade Jean Piaget na cidade da Praia. Este fórum
reuniu responsáveis de várias Instituições, Ministério, comunidade académica,
pessoas portadoras de deficiência, confecções religiosas, entre outros.
O fórum foi
dividido em quatro painéis (Inclusão em Cabo-Verde: percurso e desafios,
Educação Inclusiva: práticas e perspectivas, Inclusão, saúde e protecção
social, Mercado de trabalho e inclusão), e dois workshops (1º deficiência
visual: técnica de promoção à autonomia, práticas Pedagógicas e Inclusão; 2º deficiência
motora: técnica de promoção à autonomia, Ergonomia e a prevenção das alterações
posturais).
“Esta iniciativa é o 1º passo para despoletar
um observatório de inclusão social e a Uni-Piaget está a trabalhar para
fomentar uma agenda de pesquisa sobre esta matéria no meio académica” diz a
coordenadora da iniciativa Leila Furtado.
Segundo Gertrudes
Oliveira, Directora da Unidade das Ciências Políticas, da Educação e do
Comportamento, da Uni-Piaget, o objectivo é fazer com que a comunidade
académica se interessa, mobilize e tenha acesso a dados. Disse ainda que a própria
comunidade Cabo-verdiana vai beneficiar desse observatório.
A inclusão na
governança do sistema contributivo é outro desafio importante. "O diploma
está pronto e garante a presença dos sindicatos e do patronato na gestão do
INPS", garante a Ministra da Juventude, Emprego e Formação Profissional,
Janira Hopffer Almada que presidiu a cerimónia de abertura deste fórum. Ainda
acrescentou dizendo que a inclusão é um processo que envolve todos: a família,
igreja, escolas.
Presidente de Cabo Verde escala Luanda a caminho de Dili
Presidente da República de Cabo Verde Jorge Carlos Fonseca. |
O Presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, escalou neste domingo, 20, na cidade de Luanda, a caminho de Timor-Leste, onde vai participar na X Conferência de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), prevista para quarta-feira próxima, 23 de Julho.
O estadista cabo-verdiano, que permaneceu em
território angolano pouco mais de três horas, vai abordar com os seus
homólogos lusófonos, em Dili, o tema "A CPLP e a Globalização”.
No Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, Jorge Fonseca
manteve um encontro informal com o ministro das Relações Exteriores,
Georges Rebelo Pinto Chikoti.
A CPLP foi instituída em 17 de Julho de 1996 por Angola,
Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e
Príncipe, juntando-se posteriormente Timor Leste.
A Comunidade tem como objectivos gerais a concertação
político-diplomática entre os Estados membros. E os sectores da
educação, saúde, ciência e tecnologia, defesa, agricultura,
administração pública, comunicações, justiça, segurança pública,
cultura, desporto e comunicação social são preponderantes no âmbito da
cooperação comunitária.
Organizada pela República Democrática de Timor-Leste, esta é a primeira cimeira da CPLP que se realiza no continente asiático.
Fonte: Angop (jornal: (A Semana online)
Universidades de Cabo-Verde recebem estudantes estrangeiros
Algumas Universidades Cabo-verdianas e outros estabelecimentos do ensino
superior têm vindo a receber estudantes universitários, vindo de outros países.
Os dados obtidos na Uni-Mindelo, fundada em 2002, mostra que ela já recebeu até
hoje cerca de 72 alunos estrangeiros. Entre eles estão descendentes de cabo-verdianos
residentes em França, Holanda, Itália, Portugal, Estados Unidos e México.
Também, nesta mesma instituição encontra-se alunos de origem estrangeiras como:
Brasil, China, Nigéria e Senegal.
É cada vez mais frequente a procura das universidades de Cabo-Verde pelos
alunos universitários vindo do estrangeiro. Só no presente ano
lectivo,2013/2014, na Uni-Mindelo, inscreveu-se cerca de 26 alunos vindos do
estrangeiro. Dentre esses alunos, oito não são descendentes de cabo-verdianos,
mas sim de nacionalidade estrangeira (Portugal: 1, Brasil: 4, Guiné-Bissau: 1,
Cuba: 1 e Alemanha: caso da Júlia Friedemann).
A Uni-Mindelo pretende aumentar este número, já que um dos seus objectivos
futuras é participar no Erasmus Mundus, um programa de cooperação e mobilidade
no âmbito do ensino superior que apoia projectos de cooperação e mobilidade
entre a Europa e países terceiros.
O departamento de Ciências Sociais e
Humanas (DCSH), recebeu apenas uma aluna vindo do exterior enquanto no
Departamento de Engenharias e Ciências do Mar (DECM), em São Vicente e no
Instituto Superior de Ciências Económicas e Empresariais (ISCEE),receberam
vários estudantes estrangeiros, sendo a maioria dos países africanos de Língua
Oficial Portuguesa (PALOP).
Fonte: jornal online, A Nação
Subscrever:
Mensagens (Atom)